Wednesday, April 23

Eu queria saber o que escrever aqui hoje, mas não tenho nenhuma idéia.
As coisas estão bem, mas não tão bem assim. Eu poderia tirar notas melhores, se eu estivesse estudando, mas quando eu estudo não adianta muita coisa também.. não sei o que anda acontecendo comigo em relação às provas.
Gente, o mundo está mesmo louco ou é só impressão minha?
Ontem acordei com um arco-íris maravilhoso, achei que o dia seria repleto de coisas boas, mas não passou do achar somente.
Logo que saí do colégio houve um tiroteio perto do term. Sto Amaro (onde eu pego ônibus), nunca tinha visto tanto policial junto, e um deles me disse que 6 pessoas foram baleadas e um assaltante morreu. Absurdo! Assalto num lugar cheio de gente como o terminal e bem na saída do colégio que fica ao lado dele (o meu colégio), muitas outras pessoas poderiam ficar feridas.
Cheguei em casa e achei que o mundo ia cair sob minha cabeça. Escureceu tanto que deu até medo. Depois do temporal só via reportagens sobre as consequências dele. Tudo alagado e várias árvores ao chão.
À noite, quando eu achei que esse dia desastroso estava acabando, acontece um terremoto. Coisa de nada, só 5.2 graus. O maior terremoto já registrado no Brasil.
Agora me diz: não são bons motivos pra gente se preocupar?
Fora outras coisas que andam acontecendo, não só ontem.
Acho que tá na hora de pararmos de olhar apenas pro nosso umbigo e começarmos a levantar a cabeça e fazer alguma coisa pelo mundo.
Como Camões diria: é o desacerto do mundo!

Friday, April 4

mais uma estória mal acabada

Essa é mais uma daquelas estórias mal terminadas, em que o fim parece o clímax, mas esqueceram de escrever o final.
Para ela já se tornou comum, apesar de ainda haver um sentimento de esperança em relação ao término de um romance não propriamente dito.
Para ele... ele quem? Cada estória, um príncipe.
A mágica começa quando dois olhares se encontram, quer mágica melhor? Olhares ingênuos, sem nenhuma intenção, sem estudar nenhum detalhe.
Poderiam ficar apenas nisso, mas eles insistem em se juntar novamente.
Uma, duas, muitas vezes... cada vez aproveitando mais o tempo. A cada olhar, uma intensidade maior.
Poderia ser dito que a ela agrada esse jogo de sedução e que não se esforça muito para agradar. Já eles, se rendem facilmente aos olhos que ora são castanhos, ora são esverdiados.
E a tal da mágica, que antes só tocava aos olhos dos dois amantes, agora passava aos lábios em forma de sorrisos. Tudo se interligava e já não se podia controlar a ação espontânea de procurar o olhar do outro, fazia parte do novo mecanismo físico deles.
Num momento um deles se perdeu, ele não a encontrava. Ela que sempre esteve ali, sentada naquele sofá, à direita dele. Mas ela jamais o perderia, estava lá, bem em frente a ele, esperando ele a encontrar novamente.
Mas durante tantos olhares e aquela calorosa conexão que os unia intensamente, havia uma distância que os separava. Não se trata de distância psicológica, mas sim de uma distância física.
Já estava na hora dela acabar, e realmente acabou. E quando os dois se viram próximos, o olhar os intimidou. Ele sempre se colocava perto dela, ela sempre o prendia com o olhar. Mas esse sentimento que surgiu não foi suficiente para terminar a estória.
A ela, só lhe resta uma foto dele, tirada as escondidas.
A ele, nada lhe resta sobre ela.
Seria inteligente se contássemos as estórias que precedem essa, mas ela está bem fresca em nossa memória, e assim, mais calorosa.