Thursday, January 6

Vazio


Foi o que restou!
Sempre essa mesma sensação de vazio, de solidão, de fraqueza.
Me pedem palavras, mas nem pensamentos eu tenho.
Completo vazio! Um vazio frio, silencioso, que incomoda muito!
O tempo preenche o vazio, mas ele nunca vem cheio como estava antes.

Quando você não sabe o que está procurando encontrar.

Ontem foi mais um dia daqueles em que você deita na cama, apóia sua cabeça no travesseiro e não consegue dormir por culpa de tantos pensamentos que habitam sua mente.
E por mais que você pense, pense muito, e busque incessantemente uma solução pra tudo, ela parece se distanciar cada vez mais conforme você corre atrás dessa solução.
Eu tenho medo de estar cometendo erros, tenho medo de estar indo contra meus princípios, estar traindo alguém que é importante, e ao mesmo tempo, traindo a mim mesma.
Eu nunca fui boa, e acho que nunca serei boa, em assuntos que envolvem o amor. Tenho certeza que ele é oposto de mim. Eu não nasci pra ele, e ele não nasceu pra mim.
Cada dia que passa isso fica mais evidente, mais sufocante, mais irritante. Por mais que eu implore por mudanças, implore pra que as situações mudem, que a próxima vez dê certo, que eu não me enrole e não me meta em problemas, o amor insiste em me maltratar.
Melhor seria se eu fosse a única maltratada nas minhas histórias, mas eu não consigo sair de uma situação sem enrolar alguém e machucá-la.
Obrigada blog, já sei o que fazer!

Tuesday, January 4

Nova postagem


Há alguns dias atrás me disseram que é importante para a mulher escrever. Rapidamente lembrei desse blog jogado às traças.
Com certeza escrever me trazia um alívio, um momento de tranquilidade onde eu me via livre de todas as preocupações ou qualquer nervoso cotidiano.
Minha vida ficou de pernas pro ar!
Aquela garota que criou esse blog e postava textos (geralmente) sobre paixões frustradas nunca poderia imaginar como seria sua vida quando se passassem 3 anos.
O amadurecimento gera responsabilidades, não que eu não as tivesse antes, mas a cobrança é maior conforme você se torna um adulto.
Aliás, crescer talvez não seja aquela coisa bonita que as crianças imaginam.
Com os meus 8 anos, eu me divertia vestindo roupas da minha mãe, usando aqueles saltos enormes, desejando poder ter tamanho e idade para me vestir realmente como uma pessoa adulta. Eu desejava estar sentada naquelas cadeiras enormes e macias atrás de mesas abarrotadas de papéis, vestindo uma roupa social e com o cabelo preso em cóque.
Eu conseguia exercitar minha imaginação da forma mais alucinante possível, criando situações e histórias que hoje dariam vergonha se passassem pela minha cabeça.
Eu imaginava uma vida diferente pra mim, situações mais favoráveis, menos suor, menos cansaço, mais tempo pra mim e para os outros.
Não vou dizer que não gosto da minha vida atual, mas com certeza ela fugiu dos meus planos de infância.
O amadurecimento trás outros planos. Troquei o salto alto por um chinelo Havaianas, a roupa social por uma leve blusinha e shorts jeans, os papéis só mudaram de tamanho e textura. O que nunca mudou, e talvez jamais mude, é meu poder de criação.
É isso que me move, me dá força, me faz pensar que amanhã será melhor, que será do meu jeito!
Talvez eu seja ingênua e o mundo não goste dessa ingenuidade. Mas que eu seja ingênua então, mas uma ingênua capaz de criar sua felicidade.